Ouroboros (2024)
work by
Francisca Miranda + Inês Leal
sound
Joana de Sá
double video projection
2 sound channels (stereo)
16:9; HD; cor; loop
12’20’’
EN | Ouroboros
Ouroboros, by Francisca Miranda and Inês Leal, presents an audiovisual installation made up of two videos and a sound piece, echoing the primitive meaning - 'the one who bites their tail - and the circularity suggested by the word of its title. In this work, the artists did research on the soundbite concept - as an expression that has lost its author and is widely reproduced-, moving amid devices of captivity and control of individual and collective thought created by given political discourses and contemporary media agents, while looking for other associations of images, languages and sounds. This way, this project promotes the relationship between the soundbite - petite phrase, in French - and the much older expression snake oil, due to the mutual use of baculine and paralogical arguments of persuasion and reproducibility. At the same time, it makes use of images from the natural world or certain ritualistic spaces and gestures. Reclaiming an aesthetic that evokes the screen and TV broadcast, and thus reminiscent of the family and domestic space, Ouroboros creates a landscape that seeks to mobilize one's whole body and attention. Even not diegetic, the project is distinguished by its capacity for attraction, enchantment and hypnosis, but also by creating opacity, indiscernibility and confusion, existing between the illusionary circus show, the domesticating cage, and the camouflage of the predatory animal.
PT | Ouroboros
criação
Francisca Miranda + Inês Leal
composição sonora
Joana de Sá
projeção dupla de vídeo em tela de projeção
2 canais áudio (stereo)
16:9; HD; cor; loop
duração 12'20''
registo documental Inês Leal
Ecoando o significado primitivo - “aquele que morde a cauda” — e a circularidade sugerida pela palavra que The serve de título, Ouroboros, projecto de Francisca Miranda e Inês Leal, apresenta uma instalação audiovisual composta por dois vídeos e uma peça sonora. Neste trabalho, a investigação das artistas baseou-se no conceito de soundbite — expressão que perdeu o autor e é frequentemente reproduzida -, transitando entre dispositivos de cativação e controlo do pensamento individual e colectivo que certos discursos políticos e agentes mediáticos contemporâneos geram, para a partir deles procurarem outras associações, imagens, linguagens e sons. Deste modo, este projecto tanto promove a relação entre o soundbite — petit phrase ou mordida sonora — e a muito mais antiga expressão banha da cobra, pelo uso similar de argumentação baculina e paralógica para produzir convencimento e reprodutibilidade, como faz uso de imagens provenientes do mundo natural ou de determinados espaços e gestos ritualísticos.
Reclamando uma estética evocativa do ecrã e emissão televisiva, e assim reminiscente do espaço familiar e doméstico, Ouroboros cria uma paisagem que procura mobilizar todo o corpo e atenção do espectador e que, não sendo diegética, se caracteriza por uma capacidade de atração, encantamento e hipnose, mas também pela opacidade, indiscernibilidade e confusão, existindo entre a ilusão do espectáculo circense e a camuflagem do animal predador.
work by
Francisca Miranda + Inês Leal
sound
Joana de Sá
double video projection
2 sound channels (stereo)
16:9; HD; cor; loop
12’20’’
EN | Ouroboros
Ouroboros, by Francisca Miranda and Inês Leal, presents an audiovisual installation made up of two videos and a sound piece, echoing the primitive meaning - 'the one who bites their tail - and the circularity suggested by the word of its title. In this work, the artists did research on the soundbite concept - as an expression that has lost its author and is widely reproduced-, moving amid devices of captivity and control of individual and collective thought created by given political discourses and contemporary media agents, while looking for other associations of images, languages and sounds. This way, this project promotes the relationship between the soundbite - petite phrase, in French - and the much older expression snake oil, due to the mutual use of baculine and paralogical arguments of persuasion and reproducibility. At the same time, it makes use of images from the natural world or certain ritualistic spaces and gestures. Reclaiming an aesthetic that evokes the screen and TV broadcast, and thus reminiscent of the family and domestic space, Ouroboros creates a landscape that seeks to mobilize one's whole body and attention. Even not diegetic, the project is distinguished by its capacity for attraction, enchantment and hypnosis, but also by creating opacity, indiscernibility and confusion, existing between the illusionary circus show, the domesticating cage, and the camouflage of the predatory animal.
PT | Ouroboros
criação
Francisca Miranda + Inês Leal
composição sonora
Joana de Sá
projeção dupla de vídeo em tela de projeção
2 canais áudio (stereo)
16:9; HD; cor; loop
duração 12'20''
registo documental Inês Leal
Ecoando o significado primitivo - “aquele que morde a cauda” — e a circularidade sugerida pela palavra que The serve de título, Ouroboros, projecto de Francisca Miranda e Inês Leal, apresenta uma instalação audiovisual composta por dois vídeos e uma peça sonora. Neste trabalho, a investigação das artistas baseou-se no conceito de soundbite — expressão que perdeu o autor e é frequentemente reproduzida -, transitando entre dispositivos de cativação e controlo do pensamento individual e colectivo que certos discursos políticos e agentes mediáticos contemporâneos geram, para a partir deles procurarem outras associações, imagens, linguagens e sons. Deste modo, este projecto tanto promove a relação entre o soundbite — petit phrase ou mordida sonora — e a muito mais antiga expressão banha da cobra, pelo uso similar de argumentação baculina e paralógica para produzir convencimento e reprodutibilidade, como faz uso de imagens provenientes do mundo natural ou de determinados espaços e gestos ritualísticos.
Reclamando uma estética evocativa do ecrã e emissão televisiva, e assim reminiscente do espaço familiar e doméstico, Ouroboros cria uma paisagem que procura mobilizar todo o corpo e atenção do espectador e que, não sendo diegética, se caracteriza por uma capacidade de atração, encantamento e hipnose, mas também pela opacidade, indiscernibilidade e confusão, existindo entre a ilusão do espectáculo circense e a camuflagem do animal predador.